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Cidade Universitária ganha nova área de reserva ecológica

O anúncio da nova reserva ecológica da Cidade Universitária aconteceu durante a Semana do Meio Ambiente (Foto: Divulgação / Prefeitura do Campus da Capital)

Uma extensão de dez hectares, coberta com vegetação nativa da Mata Atlântica e localizada no Viveiro das Mudas da Rua do Matão, na Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, é a nova área de reserva ecológica da USP. Uma portaria publicada no Diário Oficial, no dia 21 de junho, determina a preservação permanente da área, que passa a ser destinada a conservação, restauração, pesquisa, ensino e extensão.

“Ações como essa representam um grande progresso, pois são fruto de uma mudança de comportamento que está se fortalecendo na USP. São iniciativas que se alinham a uma nova visão da Universidade, que procura se comunicar cada vez mais com a sociedade, valorizar e cuidar de seus bens permanentes e respeitar os direitos das pessoas e do meio ambiente. Essa mudança de comportamento é fundamental porque não se trata apenas da preservação do nosso patrimônio, mas também da formação de nossos estudantes que farão parte da sociedade e disseminarão esses exemplos para o resto do país”, destaca o reitor Marco Antonio Zago.

A nova reserva expande ainda mais o percentual de áreas verdes preservadas da Universidade – que já dedica mais de 30% de seus 7.600 hectares quadrados de território para a conservação. Ao todo, seis campi possuem áreas consideradas reservas ecológicas: Lorena, Piracicaba, Ribeirão Preto, Pirassununga, São Carlos e São Paulo (distribuídas entre a Cidade Universitária e o Parque CienTec, na Água Funda), todas regulamentadas por uma legislação interna.

A maior parte dessas reservas foi criada em 2012, quando a Universidade determinou que 2.165,98 hectares (ha) de seu território seriam transformados em reservas ecológicas. Até então, a única área declarada protegida era a Reserva Florestal do Instituto de Biociências (IB), com 10,2 ha e localizada também no campus de São Paulo.

“A criação de uma nova área protegida na Cidade Universitária é muito significativa porque uma tendência atual é a preservação do que já está em condições ecologicamente equilibradas. Ao determinar a preservação dessas reservas, a Universidade contribui tanto para a sua permanência quanto para a realização de pesquisas”, afirma a superintendente de Gestão Ambiental, Patrícia Faga Iglecias Lemos.

No dia 9 de junho, alunos da Escola de Aplicação plantaram vinte mudas de árvores na Raia Olímpica do Cepeusp. No centro, a superintendente Patricia Iglecias (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Semana do Meio Ambiente

O anúncio da criação da nova reserva ecológica da Cidade Universitária aconteceu durante a Semana do Meio Ambiente, realizada entre os dias 5 e 9 de junho e marcada por atividades organizadas por diversas Unidades da USP.

Como parte de sua programação, a Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) promoveu, no dia 9 de junho, o plantio de vinte mudas de árvores na Raia Olímpica do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp), com a participação de estudantes da Escola de Aplicação.

“Não é só no dia 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente, que devemos nos lembrar da causa ambiental. É fácil perceber que a nossa qualidade de vida é melhor quando estamos em um ambiente com árvores, e estas que estamos plantando hoje são um benefício não só para nós, mas também para as gerações futuras. No Brasil, temos direito a um meio ambiente equilibrado e devemos cobrar isso dos governantes”, afirmou Patrícia.

Também foram realizadas trilhas ecológicas guiadas por monitores – na Raia Olímpica e no Parque CienTec – e o lançamento oficial do aplicativo BioExplorer, um jogo em que os participantes capturam e colecionam animais e personagem do folclore brasileiro.

Inspirado no jogo Pokémon GO e desenvolvido pela equipe do Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Computação (NAP BioComp), o BioExplorer é um aplicativo de realidade aumentada com animais da Mata Atlântica. Sua primeira versão conta com quatro animais: o lobo-guará, a capivara, o carcará e a onça-pintada, que aparecem em um raio de 35 metros do jogador.

Ao encontrar cada um deles, os animais se apresentam com uma mensagem a respeito dos problemas do meio em que vivem. Uma vez que o participante interagiu com o personagem, ele fica disponível em um álbum de figurinhas virtual, no qual poderá revisitar as informações quando quiser. Depois de conhecer todos, um personagem folclórico é desbloqueado, o Saci-Pererê.

“A ideia era utilizar a tecnologia para desenvolver um jogo que atraísse os jovens e abordasse a questão da biodiversidade, incluindo também personagens da mitologia brasileira”, explicou o professor da Escola Politécnica (Poli) e coordenador do núcleo, Antônio Mauro Saraiva.

O desenvolvimento do aplicativo foi feito em conjunto com outras unidades da USP: além da Poli, participaram o Instituto de Biociências (IB), o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), a Escola de Comunicações e Artes (ECA), o Parque de Ciência e Tecnologia (CienTec) e o Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp), e também teve o apoio financeiro da SGA. “O interesse da Superintendência ao adotar o BioExplorer como um de seus projetos-piloto é que ele possa ser replicado também em outros campi da Universidade”, explicou a superintendente.

As próximas versões do aplicativo contarão com mais animais e personagens folclóricos e, dependendo da recepção do BioExplorer, novos apps do gênero podem ser criados. O aplicativo é gratuito e está disponível para download e atualização nas lojas App Store e Google Play.

Matéria original: https://jornal.usp.br/?p=95242

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